O que se
deve saber quando lemos um livro? Porém, não um livro qualquer, e sim, o livro
do “EU’’, este eu que Vinícius de Moraes faz menção ao refletir o “eu
lírico” no poema “soneto da felicidade”“.
Ah!
Quanta coisa se vive neste mar turbulento e que nos faz lembrar o quanto somos
medíocres a ponto de julgarmos uma história, pessoa e cultura. Porque as
estórias daquele que não tem uma formação acadêmica ou ao menos básica não faz
diferença? A sociedade está com muito glamour para se disponibilizar a ouvir
aquela história de um iletrado; pois antes se ouvia muitas estórias e todas
tinham seu jeitinho especial e uma experiência para ser compartilhada, que
evidente ironia do destino, hoje os letrados e doutores não querem ouvir
aqueles que um dia deram caminhos e motivação para que estivessem no topo de
suas realizações. Como é bom ouvir aquela prosa sem detalhes gramaticais
e sistêmicos, que fazem com que fique mais maçante e cansativo por ter que seguir
regras específicas. O que quero tratar nesta postagem são algumas questões da
sociedade, e quanto o mundo se revelou hipócrita durante esses anos.
Vamos
à história dos índios, os primeiros habitantes deste pedaço do mundo chamado de
Brasil; pois antes que houvesse essa diversidade de pessoas que existe neste
país eram eles quem dava seu capítulo primeiro nesta terra e trabalhou duro
para ter sua língua e cultura, hoje são explorados da pior forma possível!
Quero que visualizem de um anglo mais panorâmico, onde está à realidade dessas
pessoas? Ironicamente incluídos no mercado de trabalho, e forçados a
deixar seus trabalhos no cultivo de sua cultura e terra para participarem desta
sociedade hipócrita que não tem originalidade e somos aqui, esta mistura que
sarcasticamente alguns chamam de "gostosa". Os índios perderam sua
essência por ignorância e ganância de empresas que estão aos arredores e
lutaram para que estes por sua vez mudassem radicalmente suas identidades, mas
o negócio é: porque tantas etiquetas e modelagens a sociedade passa, se nossa
cultura é andar com os pés no chão, cultivar a terra etc.? Como dizem por ai
"a moda agora é essa", foi criados protótipos para nossos jovens e
crianças que crescem sem ao menos conhecerem de perto as raízes que fizeram que
este mundo estivesse formado dessa maneira; assim como os orientadores simples
mencionados a cima os índios tem muito a nos ensinar, infelizmente estão sendo
desocupados de suas verdadeiras funções para trabalhar como escravos e serem
"incluídos no mercado de trabalho", vamos lembrar minha gente de um povo
guerreiro e que estará sempre nos ensinando através das histórias e entendermos
as entrelinhas deste livro, o da vida e cultura de um povo que lutou pela
sobrevivência de sua cultura!
A
sociedade brasileira na década de 1969, que vivera sérios transtornos sendo
impedidos de expor suas ideias por causa do AI5 (Ato Institucional Número
Cinco) e mesmo assim, lutava para não morrer e que seus ideais
não fossem abafados, por muito brigar e contestar os governantes, conseguiram a liberdade de expressão, após muitas mortes e torturas protagonizadas pelos militares, assim chamados de "terroristas" os
que brigavam e gritavam nas ruas por seus conceitos. A sociedade atual
não questiona, sendo manipulada facilmente por um governo pouco
democrático, não generalizo, mas a sociedade atual tem vivido grandes problemas e
nada é feito para que haja alguma mudança ou melhora, a começar pela educação. A
sociedade é presa e escrava da violência dentro de sua própria casa. Mas o foco
aqui não é dar vazão para esses questionamentos, e sim, avaliar a mudança de
caráter e vontade da sociedade na década de 69 para a atual. É lógico, tinha uma
essência única este povo por sua coragem de expor ideais diante de calamidades e
conseguiram reverter muitos problemas. Um viva! Para este povo morto, porém vivo
dentro de cada brasileiro! E tecemos esta história como aprendizado para nossas
vidas, tendo a esperança que o povo guerreiro voltará às ruas para refutar à
política e seus maus administradores.
A critica é a melhor pedida, sonhe, invente, conquiste. A batalha é
longa, mas sem luta não à vitória!
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